[Este Email, datado em 14 de dezembro de 2010, às 19:02, conta bem a o que este blog significa]
Oii, [...]
Nem sei como começar este e-mail. Mas como já é de mim,vou contar algo pra introduzir o assunto: certa vez, num curso de Qualificação Profissional, eu tive uma aula em que tive que ouvir uma música, que não me lembro qual, mas que contava a história sofrida de crianças e adolescentes no descaso da vida e o que a sociedade faz por eles. E todos os alunos teriam que ler/ouvir a música e dizer o que realmente sentiam ao contato com essa canção. Resultado: dois textos foram destacados na aula seguinte, o primeiro de uma menina chamada Vanessa, que colocou toda aflição que sentiu e que por todo o texto,se colocou sempre na primeira pessoa do singular - respeitando a proposta do professor - e o meu, que não me coloquei na primeira pessoa, mas soube me valer das palavras, e ampliei a visão do texto acerca do assunto, fazendo uma sutil ligação com o texto "O Bicho" do nosso amigo Manuel Bandeira. Entre tanta coisa que ele me disse, chegou a seguinte conclusão: eu não sei falar do que realmente eu sinto, sem usar a minha empatia, e que preciso estar seguro de que é realmente o que sinto! Fui aplaudido , parabenizado pela dissertação, e tal...Dizer o que sinto, de quem realmente gosto (ainda que sejam crianças ou adolescentes que não conheço, como foi o caso) é difícil para mim...
Sabe aquele musica do Cazuza, que diz que "quando a gente conversa, contando casos e besteiras, tanta coisa em comum, deixando escapar segredos, eu não sei que hora dizer, me dá um medo, e que medo! É que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano...". Independentemente do que estiver escrito nas linhas à frente, quero que saiba que o resto da musica não tem importância, nesta novela quero sempre ser seu amigo, [...], enfim...
Talvez você tivesse (ainda que em parcelas) razão, quando disse que sou distante de você, e categorizo desta forma, pois às vezes, quando acho que "é um sonho impossível, uma ilusão terrível", ai eu me pergunto: "Será?" (Pensando em você - Pimentas do Reino), e acabo mandando mensagem via celular ou visitando seus cantinhos, tais como blog, orkut e twitter... só pra olhar para uma de suas fotos e pensar: "Porque não eu?" - lembra do comentário que fiz na sua foto? Rs.
Penso que guardar isso só pra mim é egoismo demais. Afinal, há outra pessoa envolvida: VOCÊ! Não pense de forma alguma, por favor, que me aproximei de você por este interesse, bem pelo contrário, [...] ate o dia em que me "revelou" dentro do trem voltando pra Osasco, no dia da apresentação de sua prima que fomos assistir. E fiquei sem reação, pois não sabia qual era sua intenção em me dizer aquilo. Não sabia se me abria pra você [...] ... revelando assim um certo segredo meu... Lembra do "espalham-se os laços, desfazem-se os nós"?, naquele momento não sentia o que sinto por você hoje.
Conversando com algumas pessoas (que nem precisei dizer que gostava de você), essas me aconselharam a ir com calma, ir te conquistando aos poucos, sendo do jeito que eu sempre fui, mas com uma outra intenção: a intenção de um homem apaixonado!
Mas, o medo que eu ainda tenho de enviar este e-mail e alguma coisa entre nós mudar, é grande!
Sabe, eu já perdi muitas coisas e muita gente por medo de perder. Quero que agora seja diferente, pelo sim ou pelo não, quero que saiba de tudo isso que estou sentindo...
Eu sei que você sabe de tudo isso que estou dizendo pra você, se não souber, desconfia.
Eu sei que não sou nenhum galanteador nato, nem um Alan Delon com beleza inegável, mas sou o Mike, o que te viu, admirou, e hoje sente algo por você...
Eu não quero ver que perdi ou estou perdendo alguma "oportunicdade" (se é que posso chamar assim!), mesmo o que sinto sendo morno e ingênuo, talvez, as vezes seja escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado...
De tudo, sei também que não sou o homem dos seus sonhos, e que talvez você não entenda esse sentimento que sinto por você. O conto de fadas que crio aqui na minha cabeça, onde você é [...], são imagens e pensamentos condicionados nesses meses em que estamos trabalhamdo juntos na [...] ...
Enfim, [...], me disseram ontem que se eu não dissesse isso pra você, seria pior do que escreveu nosso amigo Luis Fernando Verissimo, não saberia "a convicção do não, a incerteza do talvez e a certeza do quase"... e que iria te perder sem ao menos dizer: Eu gosto de você!
Acho que consegui, ainda com dificuldade fazer o que não consegui fazer na aula do curso que fiz: falei de mim!
Esse email, não é um pedido de namoro, ou pedindo pra ficar comigo, [...], esse email é só para desabafar o que estou sentindo ao te ver.
Nem sei mais o que escrever. Acho melhor parar por aqui. Bom, é isso ai, [...]!
Beijos e [...]!
Mike